segunda-feira, 2 de março de 2015

Leya acusada de destruição de edições históricas de livros

Os fascistas capitalistas também são fundamentalistas como os fascistas islâmicos que destruiram os monumentos no Museu de Mossul (Iraque)?! Parece que sim: no caso dos livros, o deus é outro o do lucro e assim determina para o que não se converte à fé do lucro!

In http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1489935&page=-1 :
«Dezenas de milhar de livros da autoria de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Eduardo Lourenço e Vasco Graça Moura, publicados pela ASA ao longo da última década, foram destruídos recentemente pelo Grupo Leya. Inclusive, o "abate" de duas das obras poderá implicar a existência de ilegalidade.
A acusação é de José da Cruz Santos, editor que colaborou com a ASA nesse período, tendo assegurado a publicação de mais de uma centena de títulos em géneros como a poesia, o ensaio e os álbuns.
No ano passado, Cruz Santos, que, entretanto, cessou a colaboração com a editora fundada por Américo Areal, foi informado pelos novos proprietários da decisão de guilhotinar parte significativa das edições em armazém. Em média, foram destruídos 90% dos livros disponíveis, restando escassas dezenas de exemplares de cada obra.
Nos 96 títulos atingidos, incluem-se obras marcantes como "Daqui houve nome Portugal", uma antologia de verso e prosa sobre o Porto organizada e prefaciada por Eugénio de Andrade, e "21 retratos do Porto para o século XXI", uma edição comemorativa dos 150 anos da morte de Almeida Garrett que inclui textos, pinturas, desenhos e fotografias de dezenas de autores. É devido à destruição destes dois títulos que o editor portuense resolveu interpor uma acção judicial contra o grupo detido por Miguel Pais do Amaral.
"Sou o proprietário das referidas obras, pelo que a ASA, responsável apenas pela distribuição, não poderia ter feito o que fez", reforçou Cruz Santos, que garante nunca ter "destruído qualquer livro nos 46 anos de editor".
Ainda segundo o actual responsável da editora e livraria Modo de Ler, a medida "é um acto anticultural gravíssimo" e poderia ter sido evitada se a Leya tivesse seguido a sua sugestão de oferecer os livros em causa a escolas, hospitais ou prisões".
Além de suspeitar que "vários dos autores afectados por essa medida não foram sequer informados", Cruz Santos aponta ainda a ironia de o Grupo Leya, na sequência da falência da Quasi, estar agora a ponderar editar os livros de Eugénio de Andrade, após ter ordenado a destruição de centenas de exemplares de obras do poeta falecido em 2004.
Contactado pelo JN, o Grupo Leya, através do gabinete de comunicação, limitou-se a informar que o caso está entregue ao gabinete jurídico, recusando-se a tecer mais comentários.»

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