quinta-feira, 5 de março de 2015

ALERTA COSTEIRO 14/15



Erosão ao Sul da Figueira da Foz. A propósito... Sugere-se a leitura das seguintes páginas: http://quercus.pt/component/finder/search?q=eros%C3%A3o+costeira&Itemid=101 ...nomeadamente: http://quercus.pt/component/content/article/272-comunicados/2010/fevereiro/723-areas-de-risco-devem-ser-desocupadas-e-renaturalizadas?highlight=WyJlcm9zXHUwMGUzbyIsImNvc3RlaXJhIiwiZXJvc1x1MDBlM28gY29zdGVpcmEiXQ== http://quercus.pt/comunicados/2014/janeiro/3269-zona-costeira-necessita-de-intervencoes-urgentes-para-resultados-a-longo-prazo-quercus-nao-quer-300-milhoes-euros-deitados-ao-mar?highlight=WyJlcm9zXHUwMGUzbyIsImNvc3RlaXJhIiwiZXJvc1x1MDBlM28gY29zdGVpcmEiXQ== Note-se que algumas das causas das alterações climáticas que levam ao aumento do nível da mar resultam, também, em erosão costeira. No caso português, uma série de grandes barragens, nos rios que passam em Portugal, impedem que as areias cheguem à costa e alimentem as praias. Por outro lado a subida do mar, por derretimento do Ártico, da Antártida e de glaciares por todo o mundo, aliada às marés vivas (altura da lua cheia) e aos temporais cada vez mais fortes e extremados resultam em maior erosão costeira. Daí que medidas como esporões (que perturbam gravemente a distribuição de areia na costa) ou como reposições de areias (que implicam verbas avultadíssimas com resultados medíocres, pois as marés vivas e os temporais cada vez mais fortes e extremados subsequentes afastam de novo a areia da costa), para pouco servem pelo que o que é aconselhável é que, em zonas da costa em risco elevado, privados e autoridades públicas ajam no sentido da relocalização das pessoas e bens e de medidas tendentes a evitar as alterações climáticas. As alterações climáticas são provocadas pelo aumento dos gases de efeito estufa (GEE), tais como o dióxido de carbono e o metano, na atmosfera. No caso do dióxido de carbono as principais causas do seu aumento são o uso de combustíveis fósseis na produção de eletricidade e nos transportes, bem como a desflorestação (desmatamento e incêndios). No caso do metano, de efeito estufa bem maior que o dióxido de carbono, a pecuária intensiva, o derretimento do permafrost e as fugas nas instalações de exploração e distribuição de gás natural são grandes causas de aumento de metano na atmosfera. Como tal sugere-se às populações costeiras em risco elevado que pensem sériamente na sua relocalização porque segundo os últimos dados científicos é muito provável que as alterações climáticas se agravem, o mar se eleve mais e a erosão costeira se aprofunde. Última nota * a propósito da subida do mar sugerimos, por exemplo a leitura do seguinte texto: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3622083&seccao=Viriato%20Soromenho%20Marques&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

segunda-feira, 2 de março de 2015

Leya acusada de destruição de edições históricas de livros

Os fascistas capitalistas também são fundamentalistas como os fascistas islâmicos que destruiram os monumentos no Museu de Mossul (Iraque)?! Parece que sim: no caso dos livros, o deus é outro o do lucro e assim determina para o que não se converte à fé do lucro!

In http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1489935&page=-1 :
«Dezenas de milhar de livros da autoria de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Eduardo Lourenço e Vasco Graça Moura, publicados pela ASA ao longo da última década, foram destruídos recentemente pelo Grupo Leya. Inclusive, o "abate" de duas das obras poderá implicar a existência de ilegalidade.
A acusação é de José da Cruz Santos, editor que colaborou com a ASA nesse período, tendo assegurado a publicação de mais de uma centena de títulos em géneros como a poesia, o ensaio e os álbuns.
No ano passado, Cruz Santos, que, entretanto, cessou a colaboração com a editora fundada por Américo Areal, foi informado pelos novos proprietários da decisão de guilhotinar parte significativa das edições em armazém. Em média, foram destruídos 90% dos livros disponíveis, restando escassas dezenas de exemplares de cada obra.
Nos 96 títulos atingidos, incluem-se obras marcantes como "Daqui houve nome Portugal", uma antologia de verso e prosa sobre o Porto organizada e prefaciada por Eugénio de Andrade, e "21 retratos do Porto para o século XXI", uma edição comemorativa dos 150 anos da morte de Almeida Garrett que inclui textos, pinturas, desenhos e fotografias de dezenas de autores. É devido à destruição destes dois títulos que o editor portuense resolveu interpor uma acção judicial contra o grupo detido por Miguel Pais do Amaral.
"Sou o proprietário das referidas obras, pelo que a ASA, responsável apenas pela distribuição, não poderia ter feito o que fez", reforçou Cruz Santos, que garante nunca ter "destruído qualquer livro nos 46 anos de editor".
Ainda segundo o actual responsável da editora e livraria Modo de Ler, a medida "é um acto anticultural gravíssimo" e poderia ter sido evitada se a Leya tivesse seguido a sua sugestão de oferecer os livros em causa a escolas, hospitais ou prisões".
Além de suspeitar que "vários dos autores afectados por essa medida não foram sequer informados", Cruz Santos aponta ainda a ironia de o Grupo Leya, na sequência da falência da Quasi, estar agora a ponderar editar os livros de Eugénio de Andrade, após ter ordenado a destruição de centenas de exemplares de obras do poeta falecido em 2004.
Contactado pelo JN, o Grupo Leya, através do gabinete de comunicação, limitou-se a informar que o caso está entregue ao gabinete jurídico, recusando-se a tecer mais comentários.»

domingo, 1 de março de 2015