A descrença impera em relação à defesa de ciclovias que retiram espaço
aos peões e não aos automóveis, ciclovias que são mal planeadas,
executadas, assinaladas e mantidas e, portanto, são parcelares,
desconexas e com graves problemas em pontos de conflito como as
interseções: cruzamentos e entroncamentos, passagens para velocípedes.
Ciclovias podem ser uma solução de último recurso em vias de tráfego
motorizado de maior volume e velocidade acrescida, mas só depois de se
considerarem devidamente medidas de
acalmia do tráfego motorizado e se venha a considerar que tais medidas
não são suficientes. Seja como for, o traçado central antigo de muitas
povoações portuguesas com ruas estreitas e sinuosas não facilita a
realização de ciclovias, além de que, na grande parte dos casos a
maioria das deslocações em bicicleta continuará a ser por integração no
restante tráfego, pelo que, as recentes alterações ao Código da Estrada
(CdE) mais favoráveis aos utilizadores da bicicleta vieram dar mais
garantias para tal integração. As alterações ao CdE vieram, além disso,
significar que, em ciclovias que venham a ser implementadas e possuam
passagens para velocípedes transversais às vias do restante tráfego, os
utilizadores de ciclovias estarão mais protegidos por terem passado a
ter prioridade em tais passagens para velocípedes no atravessamento
(desde que não deixando de ter algum cuidado).
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