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sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Mais Fogos nos próximos anos!
Não me convencem as teorias a tentarem encontrar «bodes expiatórios» inquisitorialmente, venham de que lado vierem do espectro ideológico. Os fogos aconteceram agora recentemente por muita negligência (queimadas de matos cortados imprevidentes, pontas de cigarro atiradas de carros em andamento, faíscas de fios elétricos junto a árvores que não deviam estar junto desses fios,...) o que associado a uma seca extrema (que se vai repetir nos próximos anos pois as Alterações Climáticas, por causas humanas, estão cada vez piores) e associado a muitas monoculturas de eucalipto pirófilo/amigo do fogo, cujas projeções das folhas planas que sobem a arder no ar quente do fogo e pelo vento criam novos focos de incêndio exponencialmente... e sem uma gestão florestal eficiente (com aceiros, cortes de matos, etc...) e com plantação e replantação de floresta autóctone (espécies pirófitas = que resistem ao fogo), entre outras questões, temo, e tenho a certeza, que cenários semelhantes de incêndios descontrolados se vão repetir... infelizmente (e independente das forças políticas no Governo)
Alterações climáticas já custaram 6,8 mil milhões de euros a Portugal
Entre
1980 e 2013, o aumento de situações de calor extremas, a redução da
precipitação, as secas severas e os fogos florestais significaram perdas
de 6,783 mil milhões de euros.
O
trabalho "Alterações Climáticas, Impactos e Vulnerabilidades na Europa
2016" foi elaborado pela Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em
inglês) e realça que o sul da Europa, com destaque para a península
ibérica, vai ser mais atingido pelas mudanças do clima no futuro, mas já
regista aumentos de situações extremas de calor, redução da
precipitação e dos caudais dos rios, a que acresce o risco de secas
severas, perdas na agricultura e na biodiversidade, assim como de fogos
florestais.
Na análise económica dos efeitos das mudanças do
clima, a EEA estima que os custos tenham atingido 6,783 mil milhões de
euros, entre 1980 e 2013, dos quais somente 300 milhões, ou seja, 4%, estavam cobertos por seguros.
Aquele valor total representa 665 milhões de euros de perdas por cada português e 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB).
No total da Europa, os custos relacionados com as alterações climáticas atingem 393 mil milhões de euros,
com a Alemanha a liderar, ao chegar aos 78,7 mil milhões, ou mil
milhões per capita, dos quais 44% estavam cobertos por seguros.
A
Suíça é o país com um valor de custos mais elevado por cada cidadão -
2,517 mil milhões de euros - e o Reino Unido é aquele que apresenta a
maior percentagem de perdas cobertas por seguros - 68%.
"As
alterações climáticas vão continuar por muitas décadas no futuro" e a
dimensão destas mudanças e dos seus impactos vão depender da
concretização dos acordos globais para reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa, mas também de ser assegurado que foram adotadas as
corretas políticas e estratégias para reduzir os riscos dos atuais e
projetados fenómenos climáticos extremos, realça o diretor executivo da
EEA, Hans Bruyninckx, citado no relatório.
Apesar de algumas
regiões puderem apresentar impactos positivos, como a melhoria das
condições para a agricultura no norte da Europa, a maior parte dos
países e setores económicos "vão ser negativamente afetados", refere a
EEA.
Ondas de calor mais frequentes e mudanças na distribuição das
doenças infecciosas relacionadas com as condições do clima deverão
aumentar os riscos para a saúde humana e para o bem-estar, outra área da
vida dos europeus a ser afetada.
A península ibérica é referida
no relatório como exemplo de região onde já se observam algumas
mudanças, como a diminuição da precipitação, principalmente no centro de
Portugal.
A erosão costeira já provocou "significativas perdas
económicas, estragos ecológicos e problemas sociais", aponta ainda a
EEA, dando mais uma vez o exemplo de Portugal, que "investiu 500 milhões
de euros na reabilitação de dunas e de frente mar e na defesa" entre
1995 e 2003, entre Aveiro e Vagueira.
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